Uma ideia para a Harmonia

Programação Paralela | Ciclo de Debates

#2 | 14.11.25 | 21h15 #3 | 12.12.25 | 21h15
23 Out 25 - 12 Dez 25 Museu

Uma Ideia para a Harmonia

Curadoria e Moderação: Alexandra Carita

 

23 de Outubro / 14 de Novembro / 12 de Dezembro

21h15 Auditório do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva

 

Vamos questionar-nos sobre o significado dos conceitos de liberdade e de igualdade, refletir sobre direitos humanos, pensar sobre a relação entre maiorias e minorias, sobre a insustentável discriminação. Vamos falar de guerra e de paz, conhecer as suas causas e descobrir soluções. Vamos fazê-lo em três momentos. Organizar-nos em três debates, que se realizam em três meses, com três painéis distintos. Um ciclo que é Uma Ideia para a Harmonia.

Porque o pensamento e a discussão de princípios comuns são essenciais para uma atitude cívica numa sociedade empenhada. E porque são temas decisivos para entendermos a realidade dos dias de hoje vão estar em cima da mesa no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva na comemoração dos 30 anos da FASVS. Porque é preciso tornar mais eficaz e justa a nossa capacidade de ação enquanto coletivo social.

 

 

23 de Outubro, quinta-feira, 21h15

Liberdade, direitos humanos, igualdade: que princípios são estes?

com: Irene Flunser Pimentel e Dulce Maria Cardoso

 

Os princípios básicos que determinaram a Revolução Francesa, em 1789, liberdade, igualdade, fraternidade, nunca deixaram de estar na ordem do dia quando se trata de construir sociedades que se aproximem no seu possível da justiça e da capacidade de diálogo/comunicação, tão só aquilo que caracteriza o homem. No entanto, esses princípios, acoplados de valores, diferenciam-se no seu sentido e naquilo que querem dizer especificamente, com o passar do tempo. Querem dizer coisas diferentes em momentos diferentes, muitas vezes, embora venham e continuem a ir num mesmo caminho, que nunca deve ser esquecido, aquele que indica o respeito e a valorização de cada cidadão. O que significa hoje liberdade, e o que são e não são direitos humanos? A igualdade existe? Que respeito devemos à diferença e à igualdade? Porque discriminamos, quem discriminamos? Onde se encaixam os migrantes?

 

Dulce Maria Cardoso (escritora) nasceu em Trás-os-Montes e passou a infância em Angola, regressando a Portugal em 1975 como “retornada”. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa. Os seus romances estão traduzidos para várias línguas e publicados em França, Brasil, Argentina, Espanha, Itália, Sérvia e Holanda. Tem presente no seu discurso uma análise rica e viva sobre as realidades culturais e socias, assente nas vivências coletivas e pessoais.

 

Irene Flunser Pimentel é historiadora e investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. São sobejamente conhecidos os seus trabalhos sobre o Estado Novo, o período da II Guerra Mundial, a situação das mulheres e a polícia política durante a ditadura de Salazar e Caetano. Foi Prémio Pessoa em 2007 e recebeu o Prémio Seeds of Science, na categoria “Ciências Sociais e Humanas”, em 2009.

 

 

14 de Novembro, 21h15

Discriminação: entre maiorias e minorias

com: Jorge Vala e Filipa Lowndes Vicente

 

A ideia de democracia assenta na vontade da maioria, no bem do maior número possível de pessoas, e tem por objetivo alcançar o mesmo para todos, mas não exclui, por nenhuma ordem de valores, aqueles que estão, por qualquer razão, em minoria, não os anula, desvaloriza ou ignora. Que pesos devem estar na balança? Quanto conta cada um? Como contamos todos? No entanto, a ideia de indivíduo subjaz à de único, diferente. Como se define a diferença? Somos muito diferentes? Em que somos iguais? Que respeito devemos à diferença e à igualdade? Onde se encaixam os migrantes?

 

Jorge Vala, doutorado em Psicologia Social pela Universidade de Louvain (1984), foi Professor Catedrático do ISCTE-IUL e  Investigador Coordenador no ICS da Univ. de Lisboa, tem um imenso trabalho de campo sobre as representações sociais e ideologias, normas e identidades sociais, com um enfoque especial no estudo do racismo e do preconceito, das migrações, das atitudes políticas e da justiça social em Portugal e na Europa.

 

Filipa Lowndes Vicente é Investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa na área de História. Doutorada pela Universidade de Londres em 2000, tem desenvolvido trabalho em diversas áreas de estudo com destaque para a posição da mulher na História da Arte e as suas causas sociais e culturais. A sua investigação centra-se também nos cruzamentos entre a cultura visual, material e escrita e o colonialismo, ou na mobilidade e circulação de pessoas, objetos, ideias e imagens.

 

12 de Dezembro, 21h15

Guerra e paz: respostas, causas e soluções de hoje

com: Viriato Soromenho-Marques e Tatiana Moura

 

Os conflitos bélicos têm muitas vezes origens semelhantes conta-nos a História. É preciso olhar para ela e identificar causas e consequências para que as respostas possam surgir mais claras e definitivas. Que ideia é a de nação, o que dever ser ou não uma fronteira, quem define a geografia, até onde pode ir o poder político e o poder dos homens? O poder de um só homem é legítimo, existe? Que armas e para quê? Que papel têm as religiões nas guerras de hoje? O exílio ainda faz sentido ou tem hoje outro sentido? De que forma a masculinidade se traduz na guerra? Homens e mulheres atuam da mesma forma na paz e na guerra? É importante refletirmos sobre o tema Guerra e Paz de todas as formas. As conclusões surpreendem.

 

Tatiana Moura é Investigadora Principal do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, CES-UC, integrando a linha temática A Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos. É co-coordenadora do Observatório Masculinidades.pt, tendo a seu cargo diversos projetos sobre prevenção de violência de género, com um impacto relevante na produção de contribuições para programas e políticas públicas de igualdade de género e masculinidades em Portugal e no contexto europeu.

 

Viriato Soromenho Marques (filósofo e professor universitário) é catedrático de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, lecionando nos cursos de Filosofia e de Estudos Europeus. Membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia da Marinha, e ainda conselheiro especial da Fundação Oceano Azul, tem desenvolvido uma intensa atividade de docente, investigador e conferencista nas áreas do Ambiente, Assuntos Europeus e Filosofia Política.

 

 

Curadoria e Moderação: Alexandra Carita é jornalista desde os anos 90. Sempre associada à realidade cultural do país e do mundo, tem dado voz àqueles cujo discurso pode mudar mentalidades e criar justas alternativas a uma sociedade saturada, desinformada e apática. Trabalhou em jornais como A Capital, DNA, ou Focus. Integrou a redação do Expresso durante 20 anos. Hoje colabora com o Observador. Em 2021 foi distinguida com o Prémio SPA Jornalismo Cultural pela excelência do seu trabalho.

 

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Na imagem obra de Maria Helena VIEIRA DA SILVA, Les réfugiés, 1946, Tinta-da-china sobre papel, Col. FASVS.

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