Uma casa aberta, um Atelier para todos
O n. 1 do Alto de São Francisco, junto à Praça das Amoreiras, em Lisboa, foi casa e local de trabalho da pintora Maria Helena Vieira da Silva e do seu marido, Arpad Szenes, antes da conturbada partida do casal para o Brasil e, posteriormente, da sua fixação em Paris. Já em período da sua consagração artística, Maria Helena e Arpad voltavam regularmente a Lisboa, à pequena escala do Alto de São Francisco.
Nos últimos anos de vida, a pintora manifestou o desejo de que a sua antiga casa e atelier se mantivessem de algum modo associados à produção artística e ao estudo da arte contemporânea.
Legada à Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva (FASVS), criada ainda durante a sua vida, e depois de uma intervenção profunda de remodelação e conservação do edifício, a Casa-Atelier abre-se por fim a todos.
Com um programa que visa estreitar as relações com instituições e particulares que pretendam promover atividades de «aperfeiçoamento da arte contemporânea» e «desenvolvimento da cultura e educação artísticas», conforme previsto nos estatutos da FASVS.
Embora seja também um espaço de apoio às actividades do Museu (exposições, Serviço Educativo), a Casa-Atelier é um serviço complementar e autónomo que pretende desenvolver um outro tipo de relação com a sociedade: enquanto o Museu oferece ao público um programa definido internamente, a Casa-Atelier propõe criar um programa construído através do fomento de inter-relações com a comunidade, apresentando a seguinte oferta: realização de cursos e conferências; acolhimento de projectos e actividades e residências para artistas e investigadores.