Missão
O Centro de Documentação e Investigação foi criado, a par do Museu, para promover o estudo e a divulgação da obra dos pintores Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes, através da disponibilização e difusão de recursos informativos e documentais.
História
A ideia de fundar um Centro de Estudos na casa do n.º 3 do Alto de São Francisco, adquirida pela mãe da pintora Maria Helena Vieira da Silva em 1926, teve desde o primeiro momento o apoio de Guy Weelen, secretário do casal Szenes desde a década de 1960 e historiador da sua obra.
Em 1985, Guy Weelen não só apresentou – informalmente – a proposta do futuro Centro a Mário Soares, na altura Primeiro Ministro, e a José de Azeredo Perdigão, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, como veio a definir os objetivos do que denominou na altura Centro de Estudos Arpad Szenes – Vieira da Silva.
Aprovado por Vieira da Silva, o Centro seria numa fase inicial consagrado ao estudo da obra dos dois artistas e alargado às relações entre França e Portugal através das artes plásticas, uma vez que numerosos artistas tinham procurado Paris para aprofundar estudos artísticos ou fugir à ditadura vigente. Guy Weelen determinou igualmente o período de incidência dos estudos, com início em 1918 – data dos primeiros desenhos existentes de Vieira da Silva e da entrada de Arpad Szenes na Academia de Belas Artes de Budapeste – e término no final do século XX.
Ficou decidido que notas e esboços da pintora e do marido seriam inventariados e enviados para Portugal para serem depositados no Centro de Arte Moderna, aguardando a construção do futuro Centro de Estudos. O mesmo destino teve os cerca de 600 quilos de livros e catálogos da biblioteca pessoal de Guy Weelen e os documentos respeitantes à vida do casal e relativos à sua atividade, bem como objetos e recordações pessoais dos artistas.
Em 1988 teve início o processo de preparação do catálogo analítico de Maria Helena Vieira da Silva. Todos os arquivos – os da pintora, os da Galerie Jeanne Bucher e os de Guy Weelen – foram reunidos num gabinete parisiense, no n.º 72 da rue de Seine. A estes juntaram-se os arquivos da Galerie Pierre, de Pierre Loeb, e os de Knoedler, oriundos da galeria nova-iorquina. Toda esta documentação, à data da publicação do catálogo analítico, seria integrada no Centro de Estudos de Lisboa, estando disponível a todos os que quisessem estudar a obra do casal.
Fundo documental
O CDI recebeu o arquivo privado de Vieira da Silva e Arpad Szenes, constituído por cerca de mil e duzentas fotografias, seis mil itens de correspondência (com família, amigos, artistas e intelectuais, galerias e instituições), manuscritos originais e textos dactiloscritos sobre a obra dos artistas.
O fundo documental oriundo de França inclui entrevistas e artigos de imprensa, programas de televisão e de rádio, filmes, catálogos e monografias sobre a obra de ambos os artistas, edições por eles ilustradas ou a eles dedicadas.
O CDI disponibiliza ao público um núcleo bibliográfico de arte contemporânea, portuguesa e estrangeira, que visa complementar e contextualizar o estudo sobre a obra de Arpad Szenes e Vieira da Silva e o período em que viveram, e um núcleo bibliográfico que documenta o percurso expositivo do museu.
A coleção de arte do museu pode ser consultada online.
Serviços disponíveis
- Consulta presencial do fundo geral.
- Consulta presencial dos fundos reservados, mediante pedido e autorização prévios.
- Serviço de referência: apoio personalizado ao utilizador na pesquisa e recuperação de informação. Esta ajuda pode ser presencial ou em linha via correio eletrónico.
Cedência de imagens. Preço sob consulta.
Condições de acesso e horário
O CDI é um espaço de leitura presencial e de acesso condicionado, podendo aceder às suas coleções e serviços qualquer cidadão, nacional ou estrangeiro, maior de 18 anos.
A entrada é gratuita e carece de marcação prévia.
Todos os utilizadores podem consultar o fundo geral. A consulta dos fundos reservados carece de pedido e autorização prévios.
O utilizador pode trazer computador portátil para a sala de leitura.
Não é permitido trazer para a sala de leitura livros, revistas, sacos, malas, embrulhos, guarda-chuvas, alimentos ou bebidas. Os objetos devem ser depositados no bengaleiro existente na entrada do museu.
Os telemóveis devem permanecer em silêncio.
O CDI está aberto ao público de terça a sexta das 10h às 13h e das 14h30 às 17h30h. Marcação através do email fasvs@fasvs.pt.
O CDI situa-se no piso 4 do museu e é acessível a pessoas com mobilidade condicionada.