Sábado. 13 de Abril. às 16h00
no Museu
Calcutá / Falésia / André Tasso
Nesta edição especial de Abril do Ciclo de Concerto para Quadros, convidámos três compositores que têm em comum a guitarra como instrumento central nas suas explorações: Calcutá / Falésia / André Tasso. Uma banda sonora para três trabalhos de Arpad Szenes e Vieira da Silva, numa ocupação de vários espaços do museu através do som, do exercício de olhar através da escuta.
Calcutá, também conhecida como Teresa Castro, compositora e multi-instrumentista lisboeta, co-fundou os Mighty Sands em 2013, com quem lançou 2 EPs e tocou pela Europa. Em 2015, sob o moniker Calcutá, iniciou a sua viagem a solo com “Love Path Again” e, em 2017, com o EP “Over Night”. É fundadora das Savage Ohms, banda experimental-drone, compôs a banda sonora para “Real Dog” de Solange Freitas e colaborou com artistas como Steve Gunn, The Legendary Tigerman, Filipe Sambado, April Marmara, entre outros. Após uma longa pausa, Calcutá volta aos palcos para apresentar novas sonoridades que integram o álbum em que está a trabalhar.
https://calcuta.bandcamp.com/album/over-night-ep
Falésia, a operar desde 2014, começou por ser uma expressão assente especificamente em apresentações ao vivo. Com a guitarra elétrica no epicentro de manifestações de improviso e experimentação, surgiu uma gradual extensão a gravações de campo ou o recurso a sintetizadores analógicos e digitais. A partir de 2019 surgem as primeiras gravações através da plataforma Bandcamp, não só resgatando registos passados como projectando registos atuais. O acto de documentar, o mais fiel possível, levou-o a partilhar esses trabalhos de forma constante, num espaço de laboratório em tempo real. Nos últimos anos, Falésia apresentou-se em diversas salas do país como Damas, Galeria Zé dos Bois, Zaratan, Desterro, Penha Sco (Lisboa), SMUP (Parede), Casa das Artes Bissaya Barreto (Coimbra) ou ainda a participação no festival Tauranga Music Sux, na Nova Zelândia em 2015. Partilhou palco e cartazes com Helena Espvall, Luís Lopes, Putas Bêbadas, Bruno Silva (Serpente/Ondness), 2Jack4You, Emma DJ ou a dinamarquesa Puce Mary, entre muitos outros
André Tasso (guitarra eléctrica preparada) explora o som e a sua relação com a imagem em projectos de carácter expositivo, música para filmes e concertos. Recentemente participou na exposição “Mar Farpado” de Miguel Palma, com uma instalação sonora “Dóris 13” no Museu Marítimo de Ílhavo. No Atelier Concorde, partiu de uma composição visual projectada em video, como mote para a performance “Colhendo flores sobre os telhados do inferno”. A convite da revista de arte contemporânea Wrong Wrong, participou a solo na Igreja de St. George. Em trio, com o projecto “Catarata”, do qual fazem parte, João Ferro Martins e Bruno Humberto, actuam desde 2018 em museus, festivais e salas de espectáculos, dos quais se destacam o MAAT, Festival Rescaldo e LisboaSoa
https://soundcloud.com/andretasso
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Ciclo de Concertos para Quadros
Concertos de música exploratória e concreta, onde se efectuam bandas sonoras para obras de Arpad Szenes e Vieira da Silva. A palavra quadro é aqui usada no sentido mais lato, abarcando trabalhos de diferentes fases, técnicas e construções. Algumas das obras selecionadas para estes concertos, raramente são mostradas ao público.
Convidamos, para este ciclo, criadores contemporâneos que propõem várias formas de trabalhar o visível e o audível, abrindo possibilidades de entendimento e de escuta das obras de arte nunca estáticas. Estes concertos serão programados no espaço do museu e no auditório, de acordo com os artistas convidados. As edições anteriores tiveram a participação de César Burago, Helena Espvall & Joana Guerra, João Pais Filipe, Eduardo Raon, João Hã!!, Clothilde & João Silva e Banha da Cobra.
Obra escolhida | Vieira da Silva e Arpad Szenes, Le feu d’artifice, 1939, Col FASVS.
