O trabalho de Anne Lefebvre parte frequentemente da manipulação dos elementos estruturais da fotografia para criar obras que estabelecem diálogos directos com algumas das práticas e das preocupações conceptuais das vanguardas históricas. Introduzindo no processo de captação e revelação da imagem um conjunto de acções associadas com o contexto pictórico, a artista estabelece um universo onde impera a ambiguidade, a estranheza e a justaposição, e se despistam as expectativas que habitualmente temos quanto à capacidade documental e informativa da fotografia.
Anne Lefebvre nasceu em 1963 em Boulogne-Billancourt, em França. Estudou pintura na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e fotografia na Parson’s School, em Paris. A sua primeira exposição individual teve lugar em 1993 no Centre Georges Pompidou. Desde o final dos anos 1980 as suas obras têm vindo a ser apresentadas em exposições em França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Áustria, Turquia e Estados Unidos da América. Destaque para as mostras nas galerias Marion Meyer (Paris, 1996), Sophie Scheidecker (Paris, 2010) e Gabriela Senn (Viena, 2011); no Museu Z33 (Hasselt, 2003); no 8. Salon e.V. (Hamburgo, 2011); na Maison Rouge (Paris, 2014 e 2015); na Galeria Pedro Alfacinha (Lisboa, 2015); no Contretype – Centre de Photographie contemporaine à Bruxelles (Bruxelas, 2012); na Galerie Jean Greset (Besançon, 2013) e na Galeria ZDB (Lisboa, 2019).
As suas fotografias são regularmente apresentadas em feiras internacionais como a Paris-Photo (Paris), a Art Brussels (Bruxelas), a AIPAD (Nova Iorque) e a Classic Photographs Los Angeles.
Profundamente envolvida na criação e publicação de livros, a artista lançou, pela Lettre Volée, o livro “Billankoursk” e pela Pierre von Kleist, o título “Hollinghausen”. A sua obra está representada na colecção do Royal Book Lodge e na colecção da Fundação Antoine de Galbert, bem como em diversas colecções privadas.